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Howard Marks
Fundos de Investimentos

Howard Marks, da Oaktree, acredita que o mundo está iniciando um ciclo de alta da economia, após a pior fase da pandemia

Investidor recomenda receita tradicional com diversificação e longo prazo no atual cenário

Data de publicação:24/11/2021 às 07:00 -
Atualizado um ano atrás
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Howard Marks, co-fundador da Oaktree Capital Manegement, e considerado um dos maiores e mais influentes investidores do mundo, afirmou em uma live promovida pelo Itaú Personnalité, nesta terça-feira, 23, que o mundo está vivendo o início de um ciclo de alta na economia após a pior fase da Covid-19.

Para ele, as medidas de política monetária adotadas pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) ao longo da pandemia foram essenciais para evitar uma recessão econômica "que o mundo nunca viu antes".

Howard Marks
Howard Marks | Foto: Divulgação

Mas em cenário macroeconômico global ainda de muitas incertezas, consequência dos desdobramentos da pandemia de covid-19, que ameaça entrar numa quarta onda pelo mundo, o megainvestidor tem a crença de que a melhor estratégia de investimento continua sendo uma das mais tradicionais: alocar o dinheiro em diversos ativos - sejam eles ações, títulos de renda fixa ou fundos de investimento - mirando os rendimentos e dividendos que eles podem trazer no longo prazo.

A visita de Marks também marca a estreia do fundo Oaktree Global Credit BRL Seleção FIC FIM IE na prateleira de produtos oferecidos pelo banco.

Ele explica que são poucos os investidores que conseguem ganhar dinheiro com o "entra e sai" das posições, assim que o preço dos ativos se valoriza ou desvaloriza no mercado.

"Se sair do mercado, em algum momento, vai ter que tomar a decisão de entrar de novo, e não é fácil acertar o timing duas vezes"

Howard Marks, co-fundador da Oaktree Capital Manegement

Dessa forma, o megainvestidor considera que a forma mais segura de obter bons retornos ao longo de toda a vida é montar uma carteira de investimentos que busque aproveitar, acima de tudo, os dividendos, lucros ou rentabilidade pagos pelas empresas do mercado acionário, fundos ou outros títulos.

A vez e a hora dos investimentos alternativos

A Oaktree é uma das maiores gestoras de investimentos alternativos do mundo, conforme classifica Marks. Em junho deste ano, a companhia - que é focada, sobretudo, em ativos de crédito privado, private equity, títulos de dívida "podre" e crédito estruturado - registrava US$ 156 bilhões sob gestão.

O gestor comenta que a instituição, fundada em 1995, conseguiu alcançar um espaço considerável no mercado porque os investidores passaram a enxergar e entender a necessidade de investir nos chamados ativos alternativos, já que aqueles mais tradicionais, como o mercado acionário e os títulos públicos, não entregam o mesmo retorno que os alternativos, desde que o risco seja bem administrado.

O que acontece no mercado de ações

Marks afirma que o mercado de ações é marcado por "excessos e correções" e isso acontece de forma cíclica. No entanto, com o lockdown e todas as consequências trazidas pela Covid-19, o ano de 2020 contou com um fator totalmente estranho à economia, impactando a volatilidade dos papéis.

Assim, quando o Fed passou a baixar as taxas de juros americanas para os menores patamares da história, o mercado acionário foi beneficiado. Por serem considerados os ativos mais seguros do mundo, os títulos públicos dos EUA ganham a preferência do investidor em relação a outros produtos de renda variável quando os juros sobem, resultando em maior retorno.

"Normalmente mercado e economia andam juntos. Mas o mercado de ações americano subiu em março de 2020 e continuou subindo antes da economia recuperar porque tinha fé que o Fed e o Tesouro iam resolver o problema. Hoje, o nível é mais do que o dobro dos últimos 20 meses. A economia teve trimestres bons este ano, mas a partir de agora vai ter uma recuperação gradual, que pode durar vários anos", ressalta o gestor.

Causas e efeitos da alta da inflação

O investidor ao falar sobre a alta da inflação nos EUA e global, relata que o fenômeno está relacionado a dois principais fatores: a alta demanda após o período de isolamento social e a baixa oferta causada por problemas na cadeia produtiva.

"As pessoas não puderam gastar, sair de férias, se casar, comprar roupas, ir a um show durante um ano e meio. Esse dinheiro ficou no banco. Quando a vacina chegou, houve uma demanda reprimida", destaca Marks. Ele pontua, ainda, que com a economia parada por tanto tempo, a volta aos níveis de produção observados antes tendem a demorar um pouco para acontecer.

Howard Marks afirma, ainda, que os fatores que levaram a uma pressão nos preços devem se normalizar com o tempo. Mas até lá, a pior opção para os investidores é deixar o dinheiro parado, considera o gestor.

Sobre o autor
Bruna Miato
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