Logo Mais Retorno

Siga nossas redes

  • Instagram Mais Retorno
  • Youtube Mais Retorno
  • Twitter Mais Retorno
  • Facebook Mais Retorno
  • Tiktok Mais Retorno
  • Linkedin Mais Retorno
Economia

IPCA-15: inflação perde um pouco o fôlego, mas projeção está acima das metas do BC

Um pouco abaixo das expectativas de mercado, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,60% em abril, segundo dados do Instituto…

Data de publicação:27/04/2021 às 18:15 -
Atualizado 3 anos atrás
Compartilhe:

Um pouco abaixo das expectativas de mercado, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,60% em abril, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta terça-feira, 27.

Embora indique ter perdido um pouco de fôlego em relação a março, a inflação parece deslocada e acima das metas pretendidas pelas autoridades monetárias na calibragem dos juros.

IPCA-15 veio abaixo da expectativa, segundo XP, e consumidores esperam inflação mais alta para os próximos meses - Foto: Envato

IPCA-15 veio abaixo das expectativas, segundo XP

O resultado do IPCA-15 veio ligeiramente abaixo das expectativas, de acordo com a economista da XP Investimentos, Tatiana Nogueira. A analista trabalhava com uma projeção de 0,63%, enquanto o mercado, de 0,66%. No entanto, mesmo com a desaceleração, ela ressalta que a perspectiva continua sendo de alta.

Em relação a março, o IPCA-15 caiu de 0,93% para 0,60%; já em comparação com abril do ano passado, o índice apresentou queda residual de 0,01%. Com isso, o IPCA-15 tem uma alta acumulada de alta de 2,82% no ano de 2021, mas é bem mais alto do que os 0,94% registrados no mesmo período em 2020. Já a variação em 12 meses ficou em 6,17%, o que supera a marca de março, de 5,52%.

Grupos com altas mais expressivas

Tatiana faz uma análise por grupos do IBGE e destaca que a maior pressão de alta veio de Transportes, com 0,36%, seguida por Alimentos e Bebidas (0,08%), Habitação (0,07%) e Saúde e cuidados pessoais (0,06%).

No grupo Transportes, o peso mais acentuado foi o da gasolina, que subiu 5,49%, depois da alta de 11% no IPCA anterior. A expectativa, de acordo com a economista da XP, é que os preços da gasolina apresentem queda no fechamento do mês.

Na categoria Alimentos e Bebidas, os preços dos alimentos no domicílio aumentaram 0,19%, após queda de 0,03% em março.  Os preços industriais aumentaram 0,44% em abril e os preços dos serviços, 0,18%.

Na comparação anual, os preços dos alimentos consumidos no domicílio subiram 15,07% (18,46% em março), os preços industriais atingiram 6,18% (4,61% em março), enquanto a inflação dos serviços aumentou 1,48% (1,56% em março).

De acordo com a economista da XP, o grupo de alimento acelera na margem, movimento que é parcialmente compensado pela descompressão temporária dos grupos Transporte e Vestuário. “Os núcleos da inflação seguem pressionados, acima do compatível com a meta”, ressalta.

O mesmo ocorreu com os bens industriais, segundo Tatiana, que apesar da desaceleração, ainda cresceram 0,44% no mês e 6,18% no acumulado no ano. “Vamos incorporar os dados do IPCA-15 e as informações atuais em nossa projeção para o IPCA de abril, atualmente em 0,35%”.

Alta nos preços de alimentos pressionam inflação, diz FGV

Também quarta-feira, o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV) divulgou a projeção de inflação para os próximos 12 meses na ótica do consumidor: ficou em 5,6% no período, portanto acima das estimativas registradas em março, de 5,5% obtida em março.

Esses 5,6% alcançaram o nível mais elevado desde outubro de 2018. Em relação a abril de 2020, a estimativa de inflação subiu 0,5 ponto percentual.

Para a economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), Claudia Perdigão, a alta das expectativas dos consumidores em relação à inflação vem sendo sustentada pelo avanço dos preços de alimentos e bebidas. " Além disso, a desvalorização da taxa de câmbio e a dificuldade de obtenção de matérias-primas influenciam os preços atuais gerando expectativas de uma trajetória de aumento da inflação nos próximos meses", complementou ela.

Na distribuição por faixas de inflação, 8,5% dos consumidores esperam por um número abaixo da meta de inflação de 3,75% estabelecida para 2021, ante uma fatia de 10,3% registrada no mês anterior.

Ao mesmo tempo, a proporção de consumidores esperando inflação acima do limite superior de tolerância da meta, de 5,25%, subiu de 43,8% em março para 51,8% em abril.

O Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores é obtido com base em informações da Sondagem do Consumidor. Aproximadamente 75% dos entrevistados respondem aos quesitos relacionados às expectativas de inflação.

Sobre o autor
Mais Retorno
A Mais Retorno é um portal completo sobre o mercado financeiro, com notícias diárias sobre tudo o que acontece na economia, nos investimentos e no mundo. Além de produzir colunas semanais, termos sobre o mercado e disponibilizar uma ferramenta exclusiva sobre os fundos de investimentos, com mais de 35 mil opções é possível realizar analises detalhadas através de índices, indicadores, rentabilidade histórica, composição do fundo, quantidade de cotistas e muito mais!

® Mais Retorno. Todos os direitos reservados.

O portal maisretorno.com (o "Portal") é de propriedade da MR Educação & Tecnologia Ltda. (CNPJ/MF nº 28.373.825/0001-70) ("Mais Retorno"). As informações disponibilizadas na ferramenta de fundos da Mais Retorno não configuram um relatório de análise ou qualquer tipo de recomendação e foram obtidas a partir de fontes públicas como a CVM. Rentabilidade passada não representa garantia de resultados futuros e apesar do cuidado na coleta e manuseio das informações, elas não foram conferidas individualmente. As informações são enviadas pelos próprios gestores aos órgãos reguladores e podem haver divergências pontuais e atraso em determinadas atualizações. Alguns cálculos e bases de dados podem não ser perfeitamente aplicáveis a cenários reais, seja por simplificações, arredondamentos ou aproximações, seja por não aplicação de todas as variáveis envolvidas no investimento real como todos os custos, timming e disponibilidade do investimento em diferentes janelas temporais. A Mais Retorno, seus sócios, administradores, representantes legais e funcionários não garantem sua exatidão, atualização, precisão, adequação, integridade ou veracidade, tampouco se responsabilizam pela publicação acidental de dados incorretos.
É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos, ilustrações ou qualquer outro conteúdo deste site por qualquer meio sem a prévia autorização de seu autor/criador ou do administrador, conforme LEI Nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.
® Mais Retorno / Todos os direitos reservados