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Mercado Financeiro

Número de IPOs pode chegar a 46 em 2021; veja lista com possíveis estreias na B3

Mesmo em crise, o mercado de capitais brasileiro pode encerrar o ano de 2021 com 46 novas empresas abrindo seu capital (IPO, na sigla em inglês)….

Data de publicação:19/05/2021 às 05:00 -
Atualizado 3 anos atrás
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Mesmo em crise, o mercado de capitais brasileiro pode encerrar o ano de 2021 com 46 novas empresas abrindo seu capital (IPO, na sigla em inglês). Dezenove delas já se lançara à Bolsa neste cinco primeiros meses. E outras 27 se encontram em fase de preparação para repetir o movimento, de acordo com dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão responsável por regular transações patrimoniais.

A lista de possíveis entrantes tem desde a empresa de tecnologia Multilaser, fundada pelo empreendedor Israel Ostrowiecki, em 1987, até até a rede capixaba de hortaliças e frutas, a Hortigil Hortifruti (veja a lista completa, no final da matéria).

Os candidatos à Bolsa se somariam a um número de IPOs que, nestes cinco primeiros meses do ano, equivale a nada menos que 76% do montante efetuados ao longo de todo 2020, quando 25 companhias ingressaram na Bolsa de Valores, maior resultado desde 2007. 

Grupo GPS abre capital na B3 - Foto: Divulgação

Aposta na retomada econômica

Na visão do analista da Constância Investimentos Gustavo Akamine, o nível relativamente alto de valorização em que a Bolsa trafega hoje, e as perspectivas de retomada vigorosa da economia americana, devem contribuir para que haja novo recorde até dezembro. “O atual cenário oferece a possibilidade de múltiplos mais elevados e avaliações mais altas das empresas”, diz. "Essa condição estimula e favorece a abertura de capital", afirma Akamine.

As ofertas primárias das 19 novas entrantes geraram volume de R$ 16,3 bilhões, valor ainda inferior aos R$ 26,1 bilhões de 2020. Ainda assim, os números são considerados elevados, diante da precária situação da economia brasileira, que enfrenta crises sanitária e fiscal. 

Aparentemente contraditório, o fenômeno se deve à capitalização das empresas de setores cujas performances cresceram a despeito da pandemia. Um deles é o de commodities agrícolas, que foi impulsionado pela desvalorização cambial, elevando as receitas em relação aos custos.

Segundo o diretor da consultoria Comdinheiro, Filipe Ferreira, o mercado considera o atual momento um boom de commodities. Movimento que deve ser sustentado pela redução de restrições da circulação de mercadorias e retomada do consumo após a pandemia. 

“Empresas de agricultura podem ser boas oportunidades, pois é um setor em que o Brasil tem vantagens competitivas importantes e ainda não está tão bem representado na bolsa. O mercado tem precificado os possíveis resultados positivos da vacinação em massa neste setor.”

Juros em alta não compromete planos de IPOs

As mínimas históricas dos juros no Brasil, resultado de sucessivas reduções da taxa Selic pelo Comitê de Política Monetária (Copom) desde o início da gestão de Ilan Goldfajn, em 2016, forçou investidores a buscarem ativos de maior risco, como ações, ETFs e fundos Imobiliários, em detrimento de aplicações na renda fixa e em títulos do Tesouro. 

“O investidor passou a olhar para o futuro, após não ver mais perspectivas de ganhos reais nas aplicações atreladas aos juros, e precisou ir para a Bolsa”, explica Ferreira.

A iminente alteração do quadro de taxa de juros reais negativa, promovida pelas elevações de 0,75 ponto porcentual nas duas últimas reuniões do Copom, que colocou a Selic no patamar de 3,5% ao ano, não deve desestimular as aberturas de capital, avalia Akamine.

“Mesmo com o aumento do custo de capital, os IPOs ainda apresentam às empresas possibilidades de retorno sobre capital investido vantajosas. As taxas de juros baixas no resto do mundo e a tendência de estabilidade da economia global nos próximos anos também ajudam, porque estimulam a busca do capital estrangeiro por boas aplicações.” 

A movimentação de recursos antes alocados em modalidades convencionais de poupança em direção ao mercado acionário serviu de estímulo para as empresas realizarem IPO e lançarem suas ações na Bolsa. Um caminho para financiar a expansão dos negócios a um custo de capital mais baixo.

“O mercado percebeu que havia cada vez mais dinheiro na bolsa de valores a um custo baixo em relação às fontes de financiamento às quais empresas de capital fechado têm acesso. Para se beneficiar desta oportunidade, era preciso fazer IPO”, argumenta Ferreira, da Comdinheiro.

Entrada de companhias pode fortalecer a B3

Embora a B3 figure entre as 10 maiores bolsas de valores do mundo, o Ibovespa ainda é mais suscetível a oscilações abruptas do que índices de mercados mais desenvolvidos, pois sua performance está concentrada no desempenho de um grupo de empresas, que representa parcela importante do mercado, como Vale, Petrobras e os principais bancos. 

“A entrada de mais empresas na Bolsa fortalece o mercado brasileiro e o torna mais atrativo ao investimento estrangeiro, que passa a ter menos desconfiança na desestabilização do Índice Bovespa. Muitas vezes, quando uma empresa grande sofre perdas, leva o mercado todo junto com ela”, explica Ferreira.

Investir em empresas que se lançam pela primeira vez na B3 pode proporcionar tanto ganhos elevados quanto perdas irreversíveis para investidores, alerta Akamine. Para ele, o principal desafio é identificar se existe desconto no valor estipulado em oferta primária

“O volume de informações sobre uma empresa no momento em que ela faz o IPO é muito menor do que aquele que se tem de empresas listadas há mais tempo, por isso é mais difícil avaliar se o preço faz sentido. Um bom caminho é tentar observar o comportamento de ativos dos mesmos setores para ter base de comparação”, orienta.  

Na visão de Ferreira, o maior risco está na euforia que certas empresas causam em parte do mercado. “Muitos ativos se valorizam muito nos primeiros dias depois da abertura de capital e os investidores correm para comprá-la, mas muitas vezes não é um bom investimento de longo prazo e o retorno positivo sobre o capital investido nunca acontece. Isso é muito comum com empresas de tecnologia.” 

Empresas na fila do IPO

  1. ALPHAVILLE S.A.
  2. MÉTODO ENGENHARIA S.A.
  3. CORTEL HOLDING S.A.
  4. IGUA SANEAMENTO S.A.
  5. GUARARAPES PAINÉIS S.A.
  6. NADIR FIGUEIREDO S.A.
  7. LG INFORMÁTICA S.A.
  8. NOVA HARMONIA S.A.
  9. ENTALPIA PARTICIPAÇÕES S.A.
  10. HOSPITAL CARE CALEDONIA S.A.
  11. LABORATÓRIO TEUTO BRASILEIRO S.A.
  12. TRÊS TENTOS AGROINDUSTRIAL S.A.
  13. DOTZ S.A.
  14. LIVETECH DA BAHIA INDÚSTRIA E COMÉRCIO S.A.
  15. SÃO SALVADOR ALIMENTOS PARTICIPAÇÕES S.A.
  16. KORA SAÚDE PARTICIPAÇÕES S.A.
  17. RIO BRANCO ALIMENTOS S.A.
  18. BIONEXO S.A.
  19. RIO ENERGY PARTICIPAÇÕES S.A.
  20. ATHENA SAÚDE BRASIL S.A.
  21. UBOOK EDITORA S.A.
  22. CDF ASSISTÊNCIA E SUPORTE DIGITAL S.A.
  23. HORTIGIL HORTIFRUTI S.A.
  24. ARMAC LOCAÇÃO, LOGÍSTICA E SERVIÇOS S.A.
  25. UNIFIQUE TELECOMUNICAÇÕES S.A.
  26. MULTILASER INDUSTRIAL S.A.
  27. INVEST TECH PARTICIPAÇÕES E INVESTIMENTOS S.A.
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